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Crítica: Liga da Justiça Pesadelos de uma noite de verão

Nota 10 pela ideia, mas peca na execução do retorno dos grandes heróis da Liga

Por: Iuri Biagioni Rodrigues


Liga da Justiça Pesadelos de Uma Noite de Verão é uma minissérie lançada, originalmente, em 3 partes no ano de 1996. A história tem o roteiro escrito pelo aclamado Mark Waid e por Fabian Nicieza, um dos mais populares roteiristas dos anos 1990. Os desenhistas são: Jeff Johnson e Darick Robertson. Além deles, a equipe conta com John Holdredge e Hanibal Rodriguez na arte-final e as cores são de Pat Garrahy.

O título é uma referência à famosa peça Sonho de uma Noite de Verão de William Shakespeare (1564-1616).


Esta história da Liga foi relançada no Brasil em 2022 pela editora Panini no volume 1 da coleção A Saga da Liga da Justiça. A tradução é de Rodrigo Barros.


Neste quadrinho, vemos que os membros da Liga da Justiça não lembram de seus poderes e de suas atividades como os maiores heróis do mundo, aqui eles são retratados como pessoas comuns. Enquanto isso, o mundo assiste ao surgimento de várias pessoas com poder. Esse elevado número de indivíduos superpoderosos começa a gerar problemas.


Esse mundo é um mundo de fantasias. Vemos que os heróis estão presos numa espécie de realidade onírica. Assim, o Lanterna verde (Kyle Rayner) é um quadrinista que aborda acontecimentos desse mundo de sonhos em suas histórias, Clark Kent (Superman) é apresentado como um jornalista que está cheio de dúvidas e se sentindo incompleto, Bruce Wayne (Batman) é um milionário que ajuda órfãos e que está com os pais vivos, Diana Prince (Mulher-Maravilha) é uma professora Colégio Themyscira Para Garotas, Arthur Curry (Aquaman) é um executivo que faz parte da diretoria da empresa Red Tide Tuna.


Não demora muito tempo para Batman e Superman perceberem que as coisas estão erradas e partir em busca de seus colegas super-heróis para ajudá-los. Com o time completo, os heróis logo descobrem quem é o inimigo responsável por essa manipulação da realidade (não vou dizer quem para evitar spoilers) e resolvem ir ao seu encalço, pois o Lanterna Verde que escrevia sobre esse vilão nos seus quadrinhos sabia da localização. No caminho, a Liga enfrenta alguns capangas com poderes num combate sem muita emoção. No clímax, descobrimos que na verdade, é um novo e poderoso inimigo (não vou dar spoiler) que está por trás de tudo (até do outro vilão) e que manipulou a realidade para salvar a terra de uma futura ameaça.


Assim, podemos ver que as coisas acontecem rápidas demais e acabam não gerando impacto durante a leitura. No entanto, os roteiristas conseguem prender a nossa atenção. Podemos dizer que esta história tem ideias boas e interessantes, mas que não são bem executadas.

As diferenças entre Superman e Batman

Apesar disso, o roteiro traz algumas coisas interessantes dessa "realidade estranha". Gostaria de destacar a parte do despertar de J’onn J’onzz, o Caçador de Marte, pois ele estava preso numa realidade onde vive feliz em seu planeta natal com a família. Quando acorda, o herói não aceita conviver com esta perda e voltar ao mundo real. Muitas vezes, nós também gostamos de nos apegar ao nosso mundo e temos dificuldade de aceitar a realidade como ela é. Além disso, temos alguns bons diálogos como do Batman e Superman, Superman e Mulher-Maravilha e entre o Caçador de Marte e o vilão que a Liga suspeitava (Reforçando: não quis citar o nome para evitar spoiler).


A arte desta minissérie não chama muito atenção, pois os quadros e composição de páginas não geram impacto visual e o traço dos personagens, principalmente, nos rostos e expressões faciais, deixa a desejar. Além disso, as cenas de ação não são muito elaboradas. A colorização é competente, mas nada além disso.


Heróis prontos para o combate. Repare nos rostos dos personagens...

O maior mérito desta história foi ter formado a Liga Da Justiça com os chamados sete grandes: Superman, Batman, Mulher-Maravilha, Lanterna Verde, Flash, Aquaman e Caçador de Marte. Foram anos de histórias da equipe sem esses heróis.


Concluindo, Liga da Justiça Pesadelos de Uma Noite de Verão é uma história boa, porém mediana. Ela tinha potencial para ser bem melhor. Assim, Se for lida de maneira descompromissada e sem muita expectativa (como eu fiz), ela funciona melhor. É um entretenimento sem profundidade e um bom prólogo para o início para a fase de Grant Morrison nos roteiros da equipe. (Se quiser começar a ler Liga da Justiça a partir daqui também é uma boa)


Para quem só se importa com números:

Nota = 6/10


Dados da HQ:

Roteiro:Mark Waid e Fabian Nicieza

Desenhos: Jeff Johnson e Darick Robertson

Arte-final: John Holdredge e Hanibal Rodriguez

Cores: Pat Garrahy

Editores (original): Ruben Diaz e KC Carlson

Editora original: DC Comics

Editora no Brasil: Panini - Coleção A Saga da Liga da Justiça Vol.1

Editores no Brasil: Gabriel Faria e Fabiano Denardin

Tradução: Rodrigo Barros

Páginas: 120 aproximadamente - A edição da Panini também traz a história Semente Estelar que não faz parte deste arco.


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