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  • Foto do escritorIuri Biagioni Rodrigues

Crítica: Astronauta Convergência

O fim do primeiro arco de aventuras do Astronauta.

Por: Iuri Biagioni Rodrigues


Astronauta Convergência é o sexto e último volume do primeiro arco de aventuras do Astronauta de Mauricio de Sousa no selo Graphic MSP. O quadrinho foi lançado em novembro de 2022 e fez parte das comemorações do aniversário de 10 anos do projeto Graphic MSP, que foi iniciado em 2012 justamente com o Astronauta na história Magnetar. Aqui, temos o retorno de Danilo Beyruth (roteiro e desenhos) e Cris Peter (cores) para concluir a space opera iniciada por eles há dez anos.


Neste encerramento, vemos que todos os acontecimentos dos volumes anteriores convergem (perdão pelo trocadilho) para os acontecimentos que acompanhamos durante a leitura de Convergência.


A história começa exatamente no momento em que Parallax (o volume cinco) termina, ou sejaa, vemos o Astronauta maligno indo buscar a Ritinha do "nosso" universo e o retorno de Astro, Isa e do Major através do portal em Saturno para a "nossa" realidade.


O quadrinho já começa com muita ação, pois logo no começo vemos a luta de Astronauta contra a sua versão malvada. Essa parte é uma ótima sequência de ação. Depois, a Rita que está grávida salva seu marido Almirante, o Chefe da BRASA e a Doutora que também vão participar do conflito.


A HQ mostra que o Astronauta maligno tornou-se mal devido aos sentimentos de culpa, frustração e angústia. Assim, o maior inimigo do Astronauta é ele mesmo devido à escolhas ruins. Esta versão mostra-se bastante perigosa, violenta e disposta a fazer de tudo para conseguir o quer. Ele enfrenta o Astro, o Almirante, Chefe e Isa, dando bastante trabalho e derrotando alguns deles com certa facilidade.

Um pouco do confronto entre o "nosso" Astronauta e o Astronauta Maligno.

O roteiro de Beyruth é muito bom, porque ele soube utilizar muito bem a ação, o drama, o mistério, as surpresas e traz bons diálogos. Além disso, ele soube equilibrar muito bem esses elementos, algo que faltou em algumas edições anteriores, principalmente em Singularidade e Entropia, respectivamente o segundo e o quarto volume da série.


A narrativa é bem fluida e dinâmica, a história é envolvente, os personagens são bem trabalhados, os desenhos de Danilo Beyruth são muito detalhados, expressivos e cheios de movimento, as cores de Cris Peter são belíssimas e a composição das páginas é bem inteligente. Tudo isso faz com que Convergência seja uma ótima história.



Outro aspecto interessante desse volume é que ele conta com uma breve participação de personagens como Capitão Feio, Franjinha, Jeremias e Turma da Mônica que presenciam os acontecimentos por televisão. Será que teremos um universo compartilhado futuramente?


Ao final de Convergência, Astronauta que sempre pensou e/ou quis estar sozinho, aprende que, na verdade, está repleto de amigos e que ele pode conciliar suas missões espaciais com a convivência com as pessoas com quem se importa.



A história termina com uma mensagem bem interessante e deixa claro que não é um encerramento definitivo, é também um novo começo. Agora, espero que esses personagens recebam suas merecidas férias e que demorem um pouco para voltar para que os autores se dediquem a novos projetos e para que os leitores conheçam novas histórias desse excelente projeto das Graphic MSP. Espero também que quando as aventuras do Astronauta retornarem, que elas voltem com um novo fôlego, mais divertidas e melhores.


Concluindo, Astronauta Convergência é, na minha opinião, o melhor álbum desde de Magnetar, uma bela conclusão e um ótimo quadrinho.


Para quem só se importa com números:

Nota-8/10


Dados da HQ:

Roteiro: Danilo Beyruth

Letras: Alice Beyruth

Desenhos: Danilo Beyruth

Flats: Marina Garcia

Cores: Cris Peter

Editor: Sidney Gusman

Editora: Panini



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