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  • Foto do escritorIuri Biagioni Rodrigues

Crítica: Astronauta Parallax

Atualizado: 23 de mai. de 2023

Ligando os pontos do passado e deixando um baita gancho pro futuro!


Atenção: Alerta de spoilers!!


Astronauta Parallax foi lançado em setembro de 2020. Esta edição é o quinto e penúltimo volume do primeiro arco da saga criada por Danilo Beyruth (roteiro e desenhos) e Cris Peter (cores), auxiliada por Marina Garcia (flats = aplicação de cores de base sobre as artes digitais) e Brendda Maria (render de sombras = base de sombra)


Nesta história, Danilo Beyruth conecta os principais acontecimentos ocorridos nas quatro aventuras anteriores de uma maneira bem interessante e que melhora nossa percepção acerca das outras edições. O quadrinho não é brilhante, mas cumpre muito bem a sua proposta que é ser um interlúdio para o último volume. Além disso, ele é melhor que o seu antecessor e que o segundo volume da saga.


Aqui, vemos mais dos pensamentos de Astro (algo iniciado em Magnetar), descobrimos que ele e Isa estão presos no universo dela e não no "nosso", ou seja, os pais dela estão no "nosso" universo (acontecimentos de Assimetria) e que a lua desta realidade paralela foi parcialmente destruída por um disparo acidental do Major que usou a arma de gravidade que aparece em Singularidade.


Além disso, outros acontecimentos deste volume têm raízes nos anteriores. Logo no começo da narrativa, a BRASA está sob intervenção militar (isso foi mencionado de maneira rápida no volume 2, Singularidade. Ah, qualquer semelhança com o contexto político atual, não é mera coincidência). A versão maligna do Astronauta, vilão desta edição e da próxima, é mencionado rapidamente em Assimetria (volume 3). Ele trabalha para a Cabeleira Negra de seu universo, personagem apresentada em Entropia (volume 4).



Cabeleira Negra, Astronauta maligno e sua coleção de Ritas.

A intervenção militar na BRASA (ótima crítica de Danilo Beyruth)

O título da HQ remete ao Efeito Parallax, diferença na posição aparente (como aparece ao observador) de um objeto a um plano de fundo. O conceito faz total sentido após a leitura, pois os objetos nesse caso são os personagens e o que ocorre com eles.


Assim, Parallax traz três versões do Astronauta: o "nosso" Astronauta, o Almirante e o Maligno. Enquanto os primeiros querem voltar para as suas dimensões, o último quer encontrar e raptar as Ritinhas das diversas realidades. As "Ritas" da vez são: a do "nosso" universo e a Rita que está grávida (esposa do Almirante). E como as duas estão no mesmo universo, ele vem para nossa realidade. Ao chegar, o Astronauta malvado enfrenta o Almirante, o Chefe e a Doutora (Rita fica escondida na nave). Enquanto isso, Astro, Isa e o Major (versão da outra realidade,) buscam um caminho de volta. Deste modo, os três arcos da história se juntam.



A nave do Astronauta Maligno tem um ótimo design!

A maneira como os acontecimentos são apresentados e conduzidos é muito bem pensada e divertida. Desse modo, ficamos ansiosos/curiosos para saber o que vai acontecer a cada quadro e a cada página. Mérito do roteiro ágil e direto. Agora, falando da arte da edição, mais uma vez temos um show de desenhos e grids de quadros por parte de Danilo Beyruth e nas cores da equipe coordenada pela Cris Peter.




Mais um pouco da excelente arte de Astronauta Parallax.

Astronauta Parallax é uma história muito boa, que soube amarrar os pontos das edições anteriores de uma maneira inteligente e que deixa um ótimo gancho para o sexto volume! Se você é fã de ficção científica, com certeza vai querer ler as aventuras do Astronauta.


Para quem só se importa com números:

Nota: 7/10


Dados da HQ:

Roteiro: Danilo Beyruth

Desenhos: Danilo Beyruth

Cores: Cris Peter, auxiliada por: Brendda Maria (Render de sombras) e Marina Garcia (Flats)

Editor: Sidney Gusman

Editora: Panini



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