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Crítica: "O Dublê" (2024)

Uma comédia que exalta os heróis anônimos do Cinema!

Por Igor Biagioni Rodrigues.

“O Dublê” conta a história de Colt Seavers (Ryan Gosling), um dublê de filmes que leva uma vida boa no seu emprego dos sonhos e até tem um romance com a operadora de câmera Jody Moreno (Emily Blunt), até que um dia ele sofre um acidente que o faz se aposentar prematuramente. Sentindo-se um inválido, ele dá um ghosting (termo utilizado para definir o fim abrupto de um relacionamento, seja ele romântico, de amizade ou profissional, em que uma das partes interrompe toda comunicação e contato sem fornecer qualquer explicação ou aviso prévio) em Jody, o que a deixa extremamente magoada. Colt, então, começa a trabalhar como manobrista. Depois de meses afastado de tudo e de todos, recebe uma ligação da produtora com quem trabalhava, oferecendo a oportunidade de retornar à sua carreira em um filme dirigido por sua amada Jody. No fim, isso era uma fachada para que o “fall guy” fosse atrás do ator Tom Ryder, que tinha se metido em uma confusão.


O filme é um remake da série “The Fall Guy” (“Duro na Queda”, como é conhecida aqui no Brasil), uma das principais e pioneiras obras a colocarem essa profissão tão importante em visibilidade. Afinal, os dublês são uma parte vital do cinema, mas vivem no anonimato. Você consegue nomear inúmeros atores, atrizes, diretores e diretoras, mas conhece algum dublê?


A parte mais assertiva do longa é justamente quando coloca em evidência a importância dessa profissão, que é tão ignorada ou posta de lado. Muito disso se deve ao fato de o diretor, David Leitch, ter sido um dublê. Através do filme, ele critica o posicionamento da grande indústria cinematográfica de Hollywood em relação ao tratamento desses profissionais, com um humor bem inteligente, e mostra ao público a importância e o trabalho de um dublê.


Em relação à outra parte da trama, ela é meio morna, assim como o romance entre Colt e Jody. Os dois atores estão bem (que momento na carreira de Ryan Gosling) e são uma dupla bem legal de "estrelas de Hollywood", assim como Winston Duke está bem em seu papel como coordenador de dublês e amigo de Colt. Por outro lado, Hannah Waddingham interpreta uma produtora que não convence, e o Tom Ryder de Aaron Taylor-Johnson é muito irritante (diferentemente do seu último personagem com Leitch, Tangerina em “Trem Bala”).


O roteiro não é tão inteligente fora da parte metalinguística, e sua comédia passa longe da glória cômica de "Trem Bala". Ele possui um humor que só funciona devido ao excelente timing cômico de Gosling. Entretanto, as cenas de ação são bem interessantes e as coreografias de lutas são decentes.



No fim, o filme vira o que critica: um blockbuster cheio de “porradaria” e explosões. Entretanto, diverte e mostra que David Leitch é um dos melhores nomes de filmes de ação e comédia da atualidade em Hollywood, vide seus últimos trabalhos: “Atômica”, “Trem Bala” e “Deadpool 2”.


Vale ressaltar que é interessante assistir aos créditos, como em todo filme, mas aqui por um motivo especial: é mostrado o making off com cenas dos dublês do filme e pela cena pós crédito que possui uma participação especial bem legal.


Para quem só se importa com números:

Nota- 6/10.


Ficha Técnica:

Ryan Gosling como Colt Seavers

Emily Blunt como Jody Moreno

Aaron Taylor-Johnson como Tom Ryder

Winston Duke como Dan Tucker

Hannah Waddingham como Gail Meyer

Teresa Palmer como Iggy Starr

Stephanie Hsu como Alma Milan

Ben Knight como Dressler



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