Nosso 2022 em quadrinhos! As melhores leituras do ano.
Por Iuri e Igor Biagioni Rodrigues.
É... mais um ano chegando ao fim, e, com isso, decidimos reunir os melhores quadrinhos que lemos em 2022. Junto de um breve comentário sobre. Quem sabe isso não vira uma tradição de fim de ano hein? Bom, sem mais delongas... vamos lá!
Top 10 quadrinhos lidos em 2022 – Igor Biagioni Rodrigues
10- Tex: O Profeta Indígena – de Claudio Nizzi e Corrado Mastantuono- Itália, 2007.
Sinopse da editora Salvat: “Manitary é um jovem profeta pele-vermelha que, "guiado" pelo Grande Espírito, quer reacender o orgulho dos Hualpais. Tomado por esse sonho impossível, ele desencadeia um inferno, reunindo em um único exército todas as tribos do deserto, a fim de derrotar e expulsar para sempre os homens brancos das terras do Sudoeste, que outrora pertenceram aos nativos. Mas, em seu caminho, Manitary encontra Tex Willer e seus pards, decididos a tudo para impedir que uma suposta profecia maluca se transforme em uma carnificina inútil.”
Breve comentário sobre a obra: “O Profeta Indígena” é um ótimo quadrinho do nosso querido Tex. Sua narrativa é muito fluída, sua história é intrigante e arte...é belíssima. A história possui meandros de misticismo, se baseia em motivos históricos de guerras indígenas e tem um caráter de dualidade ideológica, uma vez que existe uma união profética de diversas tribos indígenas, mas elas são lideradas por um fanático. Por mais que o roteiro seja muito bom, gostaria de destacar a arte de Mastantuono, que trabalha a ambientação dos cenários com planos dignos de cinema.
9- Sussurros do Caos Rastejante- de Fábio Yabu e Fred Rubim adaptando a história do Nerdcast RPG Cthulhu- Brasil ,2022.
Sinopse da editora Jambô: “ Ele tem 999 nomes e 999 rostos. Você já viu sua imagem. Você já rezou a ele. Ele é Nyarlathotep, o Deus Mensageiro. E hoje ele traz a mensagem do fim do mundo. Uma confraria de veteranos da Grande Guerra se reúne todos os anos, unidos pelos horrores que presenciaram nas trincheiras. Eles acham que ao sobreviver ao conflito, deixaram o pior de suas vidas para trás. Mas algo muito mais sombrio se ergue no coração da Europa. Os nazistas fazem pactos com poderes profanos. Num manicômio sinistro, nos subterrâneos de Berlim e numa ilha maldita, os veteranos enfrentarão deuses-monstros… E monstros em forma humana. Em 1936, uma sombra começa a cobrir o mundo. Talvez para sempre. Os Sussurros do Caos Rastejante adapta a história do Nerdcast RPG: Cthulhu para os quadrinhos, além de trazer oito histórias inéditas no mesmo universo. Já escutada por milhões de pessoas, esta saga de terror cósmico agora está pronta para ser vista e lida pela primeira vez.”
Breve comentário sobre a obra: Adaptações não são fáceis, mas Fábio Yabu e Fred Rubim fazem um trabalho excepcional tanto no texto como na arte, traduzindo de forma gráfica todo terror, humor e ação da obra original mestrada por Leonel Caldela com os personagens de Alexandre Ottoni, Deive Pazos, Thiago “Rex” Lamarca, Fernando Russel, Carlos Voltor e Frederico Carstens.
8- Chico Bento Arvorada- de Orlandeli- Brasil, 2017.
Sinopse da editora Panini: “Em Arvorada, Chico Bento, o caipira mais famoso dos quadrinhos, leva uma daquelas lições que a vida de vez em quando dá em todos nós. Porque nem tudo pode ser deixado pra depois. Numa reinterpretação belíssima do clássico personagem Mauricio de Sousa, o premiado cartunista Orlandeli cria uma história tocante, com visual magnífico e momentos de amor, dor, humor, mistério e, especialmente, aprendizado.”
Breve comentário sobre obra: “Chico Bento Arvorada” é facilmente o quadrinho mais emocionante que li esse ano. Seu texto é poético e sua arte vai além da forma e função visual, fazendo parte da própria narrativa. Essa belíssima obra é sobre a efemeridade da vida, sobre aproveitarmos as pequenas coisas, sobre amadurecimento e temos até a utilização do folclore caipira. A HQ é permeada por um tom aprendizado em relação aos breves momentos da vida e temperada com um ar bucólico. É lindo de se apreciar a arte e, principalmente, as cores com as quais Orlandeli trabalha. É impossível não derramar lágrimas lendo.
7- Tex Willer Especial Vol. 1 Fantasmas de Natal- de Mauro Boselli, Giulio Antonio Gualtieri, Marco Nucc, Marco Ghion e Cozzi Gianmauro.- Itália, 2019.
Sinopse da editora Mythos: “Segundo as lendas dos índios utes, as selvagens e desabitadas Montanhas Uintahs são a morada de espíritos malignos. Somente os conquistadores espanhóis passaram por lá, muito tempo antes, em busca de ouro. Em fuga da Lei, Tex procura um refúgio seguro, uma velha cabana de que lhe falou o amigo Dusty. Porém, em meio a uma tempestade furiosa e avalanches, na cabana se abrigaram três bandidos, uma garota prisioneira deles e um garimpeiro que conhece as antigas lendas das Uintahs... histórias de fantasmas para passar o tempo.”
Breve comentário sobre a obra: Em “Tex Willer Especial Vol. 1 Fantasmas de Natal”, temos um ótimo e surpreendente controle de narrativa, em que cinco histórias se conectam e se Amarram de forma brilhante. O quadrinho trabalha o horror em quatro histórias diferentes, com uma variação nas cores (verde, marrom e azul) que a separam da principal. A arte é bem trabalhada, e o tom de terror em um faroeste que se passa em montanhas geladas possui o tom certo para nos cativar.
6- O Soldador Subaquático- de Jeff Lemire- Canáda, 2016.
Sinopse da editora Mino: “O Soldador Subaquático conta a história de Jack, um jovem profissional responsável pela manutenção de uma plataforma petrolífera no litoral do Canadá e à espera do nascimento de seu primeiro filho. Chamado para realizar um serviço de alto risco, ele vive uma experiência fantástica relacionada à morte de seu pai, também soldador submarino e morto em um acidente de trabalho.
Além do intenso tom familiar e pessoal do quadrinho, o álbum também foi classificado como ‘O mais espetacular episódio não produzido de Além da Imaginação pelo produtor e criador da série Lost, Damon Lindelof, que assina o prefácio da obra.”
Breve comentário sobre a obra: “The Twilight Zone” (Além da Imaginação em pt-br) é uma série que foi ao ar no final dos anos 1950 e início dos anos 1960, que conta de forma antológica, várias histórias misteriosas. Lindelof dizer que “O Soldador Subaquático” é o episódio que não foi produzido mais espetacular da série, é um acerto e tanto. Lemire trabalha muito bem toda desorientação de Jack diante da sua vida, utilizando uma arte cartunesca e “grosseira” com um enquadramento fabuloso. O ponto forte aqui é o quesito fantasioso do quadrinho. Jeff Lemire utiliza de um tom de mistério cativante. Vale ressaltar, que na época, Jeff estava sendo pai pela primeira vez, então a história consegue ser intimamente ligada ao próprio escritor.
5- Justiça- de Alex Ross, Jim Krueger e Doug Braithwaite – EUA, 2005 – 2007.
Sinopse da editora Panini: “São os Maiores Super-Heróis do Mundo contra seus maiores inimigos nesta Edição Absoluta da obra-prima de Alex Ross! O panteão de lendas da DC Comics é reinventado pelo consagrado criador Alex Ross (O Reino Do Amanhã), pelo ilustrador Doug Braithwaite (Paraíso X) e pelo roteirista Jim Krueger (Terra X)”
Breve comentário sobre a obra: Qual fã de Super-heróis já não se pegou assistindo o bom e velho desenho animado dos “Super Amigos”? Ou a obra-prima chamada “Liga da Justiça Sem Limites”? Bom, “Justiça” é uma ode a clássica animação dos Super Amigos. Com uma temática mais complexa e violenta, a história nos deixa intrigados diante dos acontecimentos envolvendo a Legião do Mal que finalmente vence a Liga da Justiça no seu próprio jogo: salvar o mundo (mas...será mesmo?). A arte divina de Alex Ross e Doug Braithwaite, juntamente com um roteiro brilhante de Jim Krueger em parceiria com Ross, nos proporciona uma história tão épica como qualquer episódio de "Liga da Justiça Sem Limites”, e entrega o quadrinho à altura da maior equipe de heróis, a Liga da Justiça.
4- Três Sombras – de Cyril Pedrosa – França, 2007.
Sinopse da editora Companhia das letras (selo Quadrinhos na Cia.): “Joachim e seus pais levam uma vida tranquila em uma pequena casa no campo. A aparição de três sombras no alto de uma colina, no entanto, corrói a harmonia da vida em família e enche os pais de dúvidas. Seriam viajantes? Por que estão rondando a casa? A cada tentativa de aproximação, as figuras misteriosas desaparecem. Logo, eles percebem que as sombras estão ali para buscar Joachim. Recusando-se a aceitar esse fato, o pai foge com o filho em uma viagem febril e desesperada, sempre com as sinistras sombras em seu encalço. Joachim deixa assim seu mundo idílico pela primeira vez para viajar por terras hostis em um navio precário, onde conhecerá um mundo cercado de adultos trapaceiros e imorais. Três sombras é um romance de aventura, com contornos épicos, e que explora sutilmente questões de ordem filosófica e moral.”
Breve comentário da obra: Morte, Aceitação e Vida. Se me pedissem para resumir “Três Sombras” seriam exatamente essas três palavras que usaria. Cyril Pedrosa trabalha de forma poética e encantadora um dos assuntos mais delicados da essência da vida humana, justamente a morte de pessoas que amamos. Mas o quadrinho não te deixa com um gosto amargo, justamente o contrário, você o termina com um gostinho levemente adocicado sobre a vida. Cyril foi animador da Disney em Paris, em “Três Sombras”, seu traço é tão suave e tudo que envolve sua arte é tão bem feita que realmente é como se estivéssemos “lendo uma animação”.
3- Ronin- de Frank Miller e Lynn Varley- EUA 1983.
Sinopse da editora Panini: “Em um passado distante. um importante senhor do Japão antigo é eliminado por uma entidade de puro mal. Um jovem guerreiro jura vingança e torna-se um samurai sem mestre - um ronin - preso em uma luta eterna contra o demônio que assassinou seu patrono.
Em um futuro próximo. uma grande corporação da selva urbana de Nova York está se preparando para lançar uma mortal nova tecnologia, e um infantilizado telepata e uma corajosa chefe de segurança são as únicas coisas em seu caminho.
Quando esses dois mundos colidem, sonhos e realidade se misturam em uma apocalíptica batalha final - e, no coração desse caos, um solitário guerreiro enfrentará o maior dos testes à sua fidelidade.”
Breve comentário sobre a obra: O que aconteceria se misturássemos “Lobo Solitário” com um quadrinho de Moebius? Bom, Ronin seria a resposta, mas Frank Miller faz mais que isso, essa obra serviu de base para o que Miller faria nos próximos anos: “O Cavaleiro das Trevas” e “Sin City”. A história é muito inteligente, mandando o maniqueísmo para o mais longe possível, trabalhando muito bem seus personagens. As cenas de luta parecem ser retiradas de um mangá e arte de Frank Miller somada as cores de Lynn Varley nos remetem muito a Moebius. Apesar disso tudo, na minha humilde opinião, o maior destaque aqui vai para o enquadramento da obra. Ele é inovador e selvagem. Ronin é uma leitura necessária para qualquer um que goste dos filmes de Akira Kurosawa e de um bom Cyberpunk. Ah, e fica aqui um grande motivo para ler “Ronin”: a obra inspirou o clássico desenho animado do Cartoon Network, “Samurai Jack”.
2- Sandman Prelúdios e Noturnos- de Neil Gaiman, Dave McKean e Mike Dringenberg- EUA 1989.
Sinopse da editora Panini: “Em PRELÚDIOS & NOTURNOS, um ocultista que busca aprisionar a morte para barganhar a vida eterna acaba capturando seu irmão mais novo, Sonho, em seu lugar. Após um cárcere de 70 anos, Sonho, também conhecido como Morfeus, parte numa jornada para recuperar seus objetos de poder. Em sua jornada, ele encontrará, Lúcifer, John Constantine e um homem insano e poderoso.”
Breve comentário sobre a obra: Neil Gaiman é sem dúvida nenhuma um dos maiores e melhores escritores de língua inglesa de todos os tempos. Sandman é seu universo mais famoso, e em “Prelúdios e Noturnos” contando aqui também a fabulosa história “O som de suas asas”, Gaiman aliando-se a Dave McKean e Mike Dringenberg, começa de forma primorosa um dos mais importantes quadrinhos da DC Comics. O roteiro é inovador e intrigante e a arte, apesar de não tão bela quanto a história, funciona. Como costumo dizer; Se tem Neil Gaiman é bom, é isso.
1- Condado de Essex- de Jeff Lemire- Canadá, 2008.
Sinopse da editora Mino: “Para onde um garoto pode se voltar quando, de repente, todo o seu mundo desaparece? O que poderia fazer com que dois irmãos de uma equipe imbatível se afastassem, transformando-os em um par de homens solitários e amargos? Como o trabalho de uma enfermeira de meia-idade revela as cicatrizes de toda uma comunidade? E será que existe algo que possa curar as feridas causadas por um século de perdas e arrependimentos?
O aclamado quadrinista Jeff Lemire faz uma homenagem às suas raízes em Condado de Essex premiada trilogia de graphic novels ambientada em uma versão imaginária do condado em Ontario aonde ele nasceu. Em Condado de Essex, Lemire engendra um estudo intimista de uma comunidade ao longo do passar dos anos, em uma sensível reflexão sobre família, memória, pesar, segredos e reconciliação. No exuberante e expressivo traço de um artista no auge de suas habilidades, Lemire nos atrai para o interior de sua história e nela nos liberta.”
Breve comentário sobre a obra: “Condado de Essex” é uma das obras mais importantes da literatura canadense, e não é à toa. Jeff Lemire fala sobre a vida, nossas escolhas, arrependimentos e dores. O quadrinho possui um tom amargo, mas nos faz refletir sobre como nós impactamos a vida dos outros, e sobre qual vida queremos viver. A arte de Lemire é linda e o quadrinista canadense consegue amarrar as histórias de uma forma incrível. “Condado de Essex” é a obra-prima de Jeff Lemire e é, sem dúvida alguma, o melhor quadrinho que li esse ano.
Menções Honrosas:
Asterix na Hispânia- de René Goscinny e Albert Uderzo- França, 1969.
Sinopse da editora Record: “É a vez da Hispânia ser anexada ao imponente império de César. Toda a Hispânia? Não! Uma pequena aldeia próxima de Munda resiste ainda. Mas Júlio César se cansa e sequestra Pepe, o filho do chefe ibero Conchampiñon y Champiñon.
Pepe é levado para a Gália, onde deverá receber uma educação romana. É aí que se cruza com os mais famosos irredutíveis, Asterix e Obelix, que o libertam e decidem levá-lo de volta para a Hispânia.”
Breve comentário sobre a obra: Goscinny é um gênio, e transformar suas tramas tão simples em histórias engraçadíssimas é sua especialidade. E Uderzo, consegue transformar a mais irritante criança, na mais fofa e memorável possível. “Asterix na Hispânia” é hilário. O roteirista satiriza os estereótipos hispânicos: espanhóis festeiros, péssimas estradas (piada datada, uma vez que hoje em dia elas não são mais assim), turismo usurpador, castanholas, dança flamenca e até tourada. Vale ressaltar aqui que a aldeia hispânica e os hispânicos são retratados como mexicanos são em westerns italianos (os famosos westerns spaghetti).
Superman esmaga a Klan- de Gene Luen Yang, Gurihiru- EUA, 2021.
Sinopse da editora Panini: “O ano é 1946. Os adolescentes Roberta e Tommy Lee acabaram de se mudar com seus pais de Chinatown para o centro de Metrópolis, lar do famoso herói, Superman. Tommy faz amigos rapidamente, enquanto Roberta sente falta de seu antigo lar. até que, certa noite, a família acorda e percebe que sua casa está cercada pela Klan! O Superman entra em ação, mas sua exposição à uma misteriosa rocha verde o deixou fraco. serão Roberta e Tommy capazes de ajudá-lo a esmagar a Klan?”
Breve comentário sobre a obra: No ótimo selo DC Teen (selo da editora com histórias voltadas para os leitores mais jovens), o maior herói de todos os tempos, o Superman, enfrenta o pior inimigo da humanidade: o preconceito. A trama principal é simples, mas é nas entrelinhas em que se encontra o ouro da história. Com críticas a xenofobia, ao racismo e as pequenas falas e atitudes que revelam preconceito. “Superman esmaga a Klan” conta uma história muito necessária. As referências aos diversos elementos da lore do “Azulão” são sensacionais e arte...a arte é linda!
__________________________________________________________________________________________
O ano de 2022 foi um ano de muitas leituras. Agora, é hora de escolher os dez melhores quadrinhos lidos neste ano. Lembrando que este Top 10 abrange todas as melhores HQs lidas em 2022 e não lançadas neste ano. Aliás, nenhuma história da lista foi publicada neste ano.
Outra observação importante a ser feita é que a lista não possui ordem de preferência. Assim, os números estão só para indicar a quantidade e não qualidade. Dito isso, passemos logo para lista.
Top 10 quadrinhos lidos em 2022 – Iuri Biagioni Rodrigues
10- Avenida Dropsie – A Vizinhança de Will Eisner – EUA, 1995
Sinopse da editora Devir: “A Avenida Dropsie era uma vizinhança agradável e familiar. Gerações de pessoas cresceram e viveram suas vidas naquela rua. Mas, com o tempo, ela foi desaparecendo, até que, um dia, passou a ser pouco mais que um campo cheio de entulhos. Como isso foi acontecer? Nesta graphic novel, Will Eisner busca apresentar uma fábula urbana que retrata a metamorfose histórica de uma única rua de Nova York e seus moradores, de uma Nova Amsterdam colonial até o arco-íris étnico do início do século XXI.”
Breve comentário sobre a obra: Para construir essa obra-prima da nona arte, Will Eisner aborda diversos conceitos e acontecimentos importantes. Entre eles, podemos destacar: a evolução do bairro, as novas construções, a urbanização e verticalização, a industrialização, especulação imobiliária, conflitos de classe, a imigração, preconceito, xenofobia, a violência, a crise de 1929, as Guerras Mundiais e Guerra Fria. Além disso, a HQ conta com uma excelente narrativa visual, ótimos diálogos e personagens bem construídos. É interessante notar que a história não tem um personagem principal, a própria Avenida Dropsie é a protagonista. Enfim, é um excelente quadrinho e uma ótima demonstração de transformações no espaço urbano ao longo do tempo, bem como das relações pessoais existentes nas grandes cidades. Foi o melhor quadrinho que li em 2022.
9- Três Sombras – de Cyril Pedrosa – França, 2007
Sinopse da editora Companhia das letras (selo Quadrinhos na Cia.): “Joachim e seus pais levam uma vida tranquila em uma pequena casa no campo. A aparição de três sombras no alto de uma colina, no entanto, corrói a harmonia da vida em família e enche os pais de dúvidas. Seriam viajantes? Por que estão rondando a casa? A cada tentativa de aproximação, as figuras misteriosas desaparecem. Logo, eles percebem que as sombras estão ali para buscar Joachim. Recusando-se a aceitar esse fato, o pai foge com o filho em uma viagem febril e desesperada, sempre com as sinistras sombras em seu encalço. Joachim deixa assim seu mundo idílico pela primeira vez para viajar por terras hostis em um navio precário, onde conhecerá um mundo cercado de adultos trapaceiros e imorais. Três sombras é um romance de aventura, com contornos épicos, e que explora sutilmente questões de ordem filosófica e moral.”
Breve comentário sobre a obra: Três Sombras é um quadrinho que foi dedicado a um casal de amigos de Cyril Pedrosa que havia perdido um filho muito jovem. A HQ trata exatamente sobre isso: luto e aceitação. O quadrinista francês mostra que os pais estão dispostos a fazer de tudo pelos seus filhos, fala do medo da morte e que lidar com ela não é fácil, mas ensina que a morte não é o fim de tudo.
A narrativa é muito dinâmica e não conseguimos parar ler até terminar. A arte de pedrosa é maravilhosa, seu estilo de desenho cartunesco e o ótimo trabalho de nanquim criam belos cenários, personagens e temos a sensação de ver um desenho animado. Em suma, Três Sombras é uma belíssima história que apesar de ter a morte como plano de fundo, nos ensina sobre o valor da vida!
8- Che – de Héctor Germán Oesterheld, Alberto Breccia e Enrique Breccia – Argentina, 1968
Sinopse da editora Comix Zone: “Este livro é uma lenda. Publicada na Argentina em 1968, a primeira biografia em quadrinhos do revolucionário Che Guevara vende 60 mil exemplares em poucas semanas e logo desperta a atenção dos militares que se sucedem no comando do país. Em 1973, Che é proibido. As cópias restantes são destruídas e as pranchas originais, queimadas. Os autores, três mestres dos quadrinhos mundiais, acabam na mira dos reacionários. Ameaças sem consequências até que, em 1977, o nome do roteirista Héctor Oesterheld, devido ao seu comprometimento político, acaba na longa e sangrenta lista de desaparecidos da ditadura argentina. O livro se torna, assim, um verdadeiro objeto de culto – amaldiçoado, precioso e inalcançável – até reaparecer na Espanha, 20 anos depois. Hoje, Che retorna em uma edição que injeta sangue novo na veia revolucionária desta obra: uma joia em que os diários de Guevara e as palavras de Oesterheld se fundem à arte dos Breccia e ecoam como um pungente grito de guerra.”
Breve comentário: Che é uma biografia em quadrinhos do famoso revolucionário que foi lançada na Argentina poucos meses depois de seu assassinato em outubro de 1967. A obra mostra um pouco dos principais acontecimentos da vida de Che: infância, faculdade de medicina, viagem pela América Latina, a participação de Che nos movimentos revolucionários na Guatemala, seu encontro com Hilda Gadea (sua primeira esposa), encontro com Fidel Castro no México, a Revolução Cubana (obviamente, a parte de maior destaque), relacionamento com Aleida March (sua segunda esposa), as viagens internacionais de caráter diplomático (a vinda ao Brasil é uma delas), a participação nos movimentos revolucionários no Congo, a experiência de guerrilhas na Bolívia e, por fim, o momento de sua morte.
O roteiro de Oesterheld é muito bem elaborado e soube retratar com maestria os principais momentos da vida de Che. A arte de Alberto e Enrique Breccia é sensacional, os dois têm um belo domínio do uso de claro/escuro, ótimas composições de quadro e uma forte ligação com o texto de Héctor Oesterheld. Che é um ótimo quadrinho e nele vemos que é preciso endurecer, mas sem perder a ternura jamais.
7- O Eternauta – de Héctor Germán Oesterheld e Francisco Solano López- Agentina, 1957 -1959
Sinopse da editora Martins Fontes: "Todo o mundo sabe que em Buenos Aires quase nunca neva, e que, quando isso ocorre, é porque algo anormal pode estar acontecendo, até mesmo uma catástrofe. Mas essa catástrofe poderia chegar ao ponto de anunciar uma praga mundial? Uma tragédia cuja causa evidente se desconhece? Um evento que mudará o destino da humanidade? E, pior de tudo, um horror sem um rosto definido contra o qual se deve lutar?"
Em O Eternauta, o grande clássico argentino de ficção científica e aventura, Héctor G. Oesterheld e Francisco Solano López reinventam o mito de Robinson Crusoé e criam um universo que nunca poderá ser esquecido.
Breve comentário sobre a obra: O Eternauta é um ótimo quadrinho de ficção científica e que apresenta críticas sociais importantes. Aqui, vemos críticas ao autoritarismo (a Argentina tinha passado por um golpe de Estado em 1955), à guerra e uma valorização da luta coletiva. história não possui apenas um herói, mas sim um herói coletivo, um grupo de pessoas formado pessoas de camadas médias e trabalhadores. A história traz a luta dos argentinos para expulsar os invasores alienígenas que atacaram a Terra. O roteiro de Oesterheld é bem desenvolvido, inteligente, apresenta bons diálogos e sabe prender o leitor. A arte de Francisco Solano López é ótima e traz muito bem a sensação de angústia, medo, insegurança e luta que a trama precisa. O Eternauta é um clássico do quadrinho argentino!
6- Justiça- de Alex Ross, Jim Krueger e Doug Braithwaite – EUA, 2005 – 2007
Sinopse da editora Panini: “São os Maiores Super-Heróis do Mundo contra seus maiores inimigos nesta Edição Absoluta da obra-prima de Alex Ross! O panteão de lendas da DC Comics é reinventado pelo consagrado criador Alex Ross (O Reino Do Amanhã), pelo ilustrador Doug Braithwaite (Paraíso X) e pelo roteirista Jim Krueger (Terra X)”
Breve comentário sobre a obra: Justiça tem tudo que um ótimo quadrinho de super-heróis precisa: uma trama bem elaborada, muita ação, vilões bem trabalhados, surpresas ao longo da leitura, bons diálogos e uma mensagem de esperança. O roteiro de Alex Ross e Jim Krueger é bem envolvente e a arte de Alex Ross e Doug Braithwaite é um desbunde. Os dois têm um estilo ultrarrealista que cria personagens e paisagens belíssimos. Além disso, a história trabalha muito bem com os heróis famosos como Batman, Superman, Mulher Maravilha, Lanterna Verde, Aquaman, Caçador de Marte e também com os coadjuvantes como Shazam, Mulher Gavião e Gavião Negro, Arqueiro Verde, Canário Negro e com outros heróis não tão conhecidos como os Homens Metálicos e Patrulha do Destino por exemplo. Ótima dica de quadrinho de heróis.
5- O Partido dos Panteras Negras – de David F. Walker e Marcus Kwame Anderson – EUA, 2021
Sinopse da editora Conrad: "Uma Graphic Novel ousada e fascinante contando a história do revolucionário Partido dos Panteras Negras. Fundado em Oakland, Califórnia, em 1966, o Partido dos Panteras Negras para Autodefesa foi uma organização política radical que contrastava totalmente com o movimento pelos direitos civis vigente na época. Esta história, apresentada aqui ilustrada e de forma emocionante, explora o impacto e a importância dos Panteras Negras, de seus programas sociais, educacionais e de saúde que foram projetados para elevar e melhorar a comunidade negra em sua batalha contra a brutalidade policial por meio de patrulhas de cidadãos e confrontos frequentes com o FBI, que tinha os Panteras Negras como alvo desde o início do partido. Usando recontagens dramáticas em quadrinhos e perfis ilustrados de figuras-chave, O Partido dos Panteras Negras captura os principais eventos, pessoas e ações do partido, bem como sua influência cultural e política e seu legado duradouro."
Breve comentário sobre a obra: O partido dos Panteras Negras conta a história do partido desde sua fundação, passando pela sua evolução e dissolução. O quadrinho dá destaque para líderes e nomes importantes como Huey P. Newton, Bobby Seale, Bobby Hutton, Eldrige Cleaver, Emory Douglas, Ericka e John Huggins, Elaine Brow, Angela Davis, Fred Hampton, entre outros e outras panteras. Esta Graphic novel traz duras críticas à nossa sociedade racista, focando, principalmente, os Estados Unidos. A narrativa de David F. Walker traz muito texto (em alguns momentos, parece um livro), porém é bem construída, envolvente e não é cansativa. Os desenhos e cores de Marcus Kwame Anderson valorizam o roteiro, trazem belos layouts de página e retratam muito bem os acontecimentos narrados.
Este quadrinho é uma obra relevante para quem quer conhecer pessoas que muitas vezes não estão nos livros de história e que não viraram heróis, na verdade, muitas dessas pessoas morreram enfrentando aquelas que viraram.
4- Habibi – de Craig Thompson – EUA, 2011
Sinopse da editora Companhia das Letras (selo Quadrinhos na Cia.): "Em Habibi, é a saga de dois escravos fugitivos, unidos e separados pelo destino, vivendo no limite que separa a tradição da descoberta.Dodola, uma garota perspicaz e independente, foge de seus captores levando consigo um bebê. Eles crescem juntos no deserto, sozinhos em um navio naufragado na areia. Em meio a sentimentos cada vez mais conflitantes, os dois passam o tempo contando histórias. Assim, somos apresentados também à origem do islamismo e de suas tradições, conforme as narrativas se combinam numa trama de aventura, romance, filosofia e tragédia. Para contar a saga de Dodola e Zam, Craig Thompson recorreu ao Corão e às Mil e uma noites. Do primeiro, colheu o próprio estilo do livro, inspirado na caligrafia árabe, e também as narrativas do texto sagrado dos muçulmanos, recriadas com maestria pela pena do autor. Do segundo, tirou um cenário fantasioso, repleto de lendas e histórias, uma versão quase mitológica da nossa ideia de Oriente. Ambientado nos dias de hoje, Habibi não se passa em nenhum país conhecido. É uma terra igualmente fantástica e concreta, onde questões presentes se misturam a indagações ancestrais. Crítica social, questionamentos ecológicos, paralelos entre religião e amor: tudo encontra seu lugar nesta narrativa tão épica quanto particular. Fruto de sete anos de pesquisas e trabalho, Habibi é um monumento do quadrinho moderno e uma resposta atual a questões que nos perseguem desde sempre."
Breve comentário sobre a obra: Habibi é um ótimo quadrinho que conta a história de duas pessoas escravizadas: Dodola e Zam. A primeira, é uma jovem garota que precisa se prostituir por causa das duras condições de vida. O segundo, é um garoto que decide retirar seu órgão genital, tornando um eunuco, devido aos traumas de ver os abusos sofridos por Dodola nas mãos de homens que a viam apenas como objeto sexual. O quadrinho nos traz uma história que contém drama, humor, aventura, fantasia, sexo, violência, críticas sociais, referências ao islamismo e obras como “As Mil e Uma Noites e o roteiro de Thompson trabalha muito bem os personagens e a situações em que eles se encontram. O quadrinista cria uma narrativa que muito difícil de não ser meditada e refletida pelos leitores.
Além disso, a arte de Craig Thompson é um espetáculo à parte. Inspirado na caligrafia árabe e nos arabescos, ele cria páginas espetaculares e com enquadramentos bem diferentes. As expressões e sentimentos dos personagens também merecem destaque.
Enfim, Habibi é uma história de encontros e desencontros, tristeza e sofrimento, mas é, principalmente, uma história de amor.
3- Condado de Essex – de Jeff Lemire – Canadá, 2008
Sinopse da editora Mino: "O que um garoto faz quando seu mundo todo se dissolve na frente dos seus olhos? O que transforma dois irmãos que já foram um time imparável em dois estranhos solitários e amargurados? Como o cuidado e o carinho de uma simples enfermeira de meia idade podem abrir portas para as cicatrizes de uma história de mais um século de dificuldades atravessado por toda uma comunidade? Essex County, a louvada obra máxima de Jeff Lemire (premiado autor de Soldador Subaquático e Sweeth Tooth) finalmente chega ao Brasil pela Editora Mino. Aqui, nessas três histórias que se completam, um jovem e intenso Lemire revisita suas raízes no condado de Essex, no Canadá para abordar sensivelmente temas como família, memórias, luto, segredos e reconciliação - criando assim uma obra densa e poética, impactante o suficiente pra ter sido considerada essencial para a história da literatura canadense."
Breve comentário sobre a obra: Em Condado Essex, o quadrinista canadense Jeff Lemire revisita suas origens (ele cresceu nesse local) e nos traz um belo quadrinho. Aqui, temos três histórias que se entrelaçam e se complementam. A obra valoriza diversos elementos importantes para a cultura do Canadá, como por exemplo o hóquei. Lemire tem uma grande capacidade de construir personagens e sua narrativa é tão dinâmica e fluida que nem parece que estamos lendo um quadrinho de um pouco mais de 500 páginas. Além disso, seu traço é simples, direto e bastante expressivo. O mais interessante desta obra é como lida com as questões do cotidiano e o relacionamento das pessoas.
2- A Origem do Mundo: uma história cultural da vagina ou a vulva vs. o patriarcado – De Liv Strömquist – Suécia, 2014.
Sinopse da editora Companhia das Letras (selo Quadrinhos na Cia.): "Por que as sociedades alimentaram uma relação tão esquisita com a vagina ao longo dos séculos? Por que a menstruação é um tema apagado de nossa cultura quando costumava ser algo sagrado para os povos ancestrais? A origem do mundo escancara interditos e desafia mitos e tabus. Um livro genial, catártico e absolutamente necessário.
Se "o pessoal é político", como dizia o slogan da segunda onda feminista, iniciada nos anos 1960, Liv Strömquist criou um livro radical. Com humor afiado, a artista sueca expõe as mais diversas tentativas de domar, castrar e padronizar o sexo feminino ao longo da história. Dos gregos antigos a Stieg Larsson, das mulheres da Idade da Pedra a Sigmund Freud, de Jean-Paul Sartre a John Harvey Kellogg (o inventor dos sucrilhos), da fábula da bela adormecida a deusas hindus, de livros de biologia ao rapper Dogge Doggelito, A origem do mundo esquadrinha nossa cultura e vai até o epicentro da construção social do sexo. Para Liv, culpabilizar o prazer é um dos mais efetivos instrumentos de dominação — graças à culpa, a maçã é venenosa e o paraíso mantém seus portões fechados. Uma crítica hilária, libertadora e instrutiva sobre o sexo feminino."
Breve comentário sobre a obra: A Origem do Mundo é um quadrinho que traz mensagens poderosas: empoderamento, valorizar a figura da mulher na sociedade, romper com os tabus envolvendo a sexualidade feminina e menstruação, lutar contra o mundo do patriarcado, misoginia e contra a ditadura do sistema binário de gêneros.
Liv Strömquist mostra como os homens controlaram os corpos e inferiorizaram as mulheres ao longo do tempo. Para isso, ela faz uma retrospectiva histórica que vai desde a antiguidade até os dias atuais e aborda temas de filosofia, psicologia e religião. É um baita quadrinho!
O traço de Liv é simples, direto, cartunesco e funciona muito bem para satirizar e criticar. Este quadrinho é muito importante para compreender o patriarcado. Deveria ser lido por todas, todos e todes.
1- Ronin – de Frank Miller e Lynn Varley – EUA, 1983 – 1984
Sinopse da editora Panini: "Em um passado distante… um importante senhor do Japão antigo é eliminado por uma entidade de puro mal. Um jovem guerreiro jura vingança e torna-se um samurai sem mestre – um ronin – preso em uma luta eterna contra o demônio que assassinou seu patrono. Em um futuro próximo… uma grande corporação da selva urbana de Nova York está se preparando para lançar uma mortal nova tecnologia, e um infantilizado telepata e uma corajosa chefe de segurança são as únicas coisas em seu caminho. Quando esses dois mundos colidem, sonhos e realidade se misturam em uma apocalíptica batalha final – e, no coração desse caos, um solitário guerreiro enfrentará o maior dos testes à sua fidelidade."
Breve comentário sobre a obra: Ronin é o primeiro trabalho do lendário Frank Miller para a DC comics. O quadrinho conta uma história de samurai em uma Nova York futurista e distópica, traz uma bela combinação de Ocidente e Oriente, de ciência e magia, tradição e avanços tecnológicos e apresenta críticas sociais (principalmente ao corporativismo nipônico presente nos Estados Unidos nos anos 1980). A HQ possui uma trama extremamente envolvente e de tirar o fôlego. O final é totalmente inesperado.
A história traz elementos dos mangás para os quadrinhos dos EUA, apresenta enquadramentos e estruturas de páginas inovadores para época, o traço de Frank Miller é bem estilizado e cheio de movimento e sua narrativa visual é impecável. Ronin também tem um excelente trabalho de cores de Lyyn Varley (as cores destacam o traço de Miller, fortalecem a atmosfera sombria e pós apocalíptica da HQ e traz características surrealistas em alguns momentos). É uma excelente obra de ficção científica.
Menções Honrosas:
Kit Gay – de Vitorelo – Brasil, 2021
Sinopse da editora Veneta: "Finalmente a prova que uma mentira repetida mil vezes pode se tornar verdade! O livro pelo qual tanta gente, incluindo o presidente da república, sonhou! Pela primeira vez, o Kit Gay existe! E em um formato ideal para se ler dentro ou fora do armário. Um manual que te prepara para o futuro, quando a alegria de viver e o respeito pela vida vencerão o preconceito, os ódios de gente recalcada, a alienação, as superstições e a estupidez."
Breve comentário sobre a obra: Kit Gay é uma ótima cartilha sobre gênero e sexualidade. Ideal para todas, todos e todes.
Asterix na Hispânia - de René Goscinny e Albert Uderzo – França, 1969
Sinopse da editora Record: “É a vez da Hispânia ser anexada ao imponente império de César. Toda a Hispânia? Não! Uma pequena aldeia próxima de Munda resiste ainda. Mas Júlio César se cansa e sequestra Pepe, o filho do chefe ibero Conchampiñon y Champiñon. Pepe é levado para a Gália, onde deverá receber uma educação romana. É aí que se cruza com os mais famosos irredutíveis, Asterix e Obelix, que o libertam e decidem levá-lo de volta para a Hispânia.”
Breve comentário sobre a obra: Asterix na Hispânia é mais uma excelente, divertidíssima e engraçadíssima aventura dos irredutíveis gauleses. Goscinny é um gênio dos roteiros e Uderzo é um gênio dos desenhos. Ambos são grandes contadores de histórias e deixam isso bem claro neste álbum.
Arqueiro Os Caçadores – de Mike Grell, Lurene Hainrd e Julia Lacquement – EUA, 1987
Sinopse da editora Eaglemoss: "Enquanto o Arqueiro Verde persegue um serial killer responsável pela morte de dezoito mulheres, sua namorada Dinah Lance se lança em sua própria investigação contra traficantes de droga da cidade. Mas nenhum deles estava preparado para o perigo que enfrentariam, especialmente quando Oliver Queen descobre que ele não é o único arqueiro nessa área da cidade.."
Breve comentário sobre a obra: – Arqueiro verde Os caçadores é a HQ que ajudou a redefinir e valorizar o herói. É uma baita história escrita por Mike Grell com um trabalho de arte deslumbrante do próprio Grell em parceria com Lurene Hainrd (assistente nos desenhos) e Julia Lacquement (cores).
Comments